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Se você gosta de malte de cevada, então precisa conhecer a cerveja Bock.

Digo isso, porque a principal característica desse estilo é justamente a pura, autêntica e concentrada essência do malte, tanto no aroma como no paladar.

Essas lagers (sim, lagers) são fortes e vigorosas e muitas vezes se apresentam na forma de subestilo da Bock tradicional – a mais forte Doppelbock, a mais clara, amarguinha e servida em períodos de primavera Helles/Maibock e a agressiva e – BEM – mais forte Eisbock.

É curioso como é normal no conhecimento espontâneo das pessoas presumir que toda lager é uma cerveja sem cor, sem aromas e sem sabor. Não mesmo. A isso chamamos de água.

Lager, em verdade, é uma família de cervejas, dentro da qual há estilos mais claros ou mais escuros, fortes ou mais fracos, mais doces ou mais amargos, mais ou menos aromáticos e assim por diante.

A cerveja Bock, por exemplo, é Lager e ao mesmo tempo é de coloração escura, sabor intenso, pouco amarga e com aromas fortes oriundos do malte.

Embora seja na Alemanha que encontremos os mais famosos rótulos do estilo, fora de sua terra natal também encontramos vários exemplares incríveis, que são produzidos na Suíça, Noruega, Itália, Canadá, Holanda, nos Estados Unidos e – acredite – até no Brasil.



Muitos autores apresentaram diversas lendas – algumas críveis, outras um tanto quanto fantasiosas – sobre a origem do nome Bock.

Uma teoria sustenta que é apenas uma variação do “beck” de Einbeck (cidade em que o estilo foi criado). 

Outros mencionam o fato de Bock ser “bode” em Alemão, embora não haja qualquer registro que determine a relação entre bode e a cerveja.

A verdade é que, independente de “bode” ser ou não a origem do nome, é inquestionável que a figura do animal tornou-se um símbolo do estilo e encontra-se presente na grande maioria dos rótulos de Bock, o que é curioso, na medida em que o estilo foi criado por monges católicos, enquanto o bode carrega consigo um estigma satânico.

Por fim, a teoria mais aceita para o nome do estilo é a que afirma que, no dialeto Bávaro, as cervejas do norte (Einbeck fica ao norte da Alemanha) eram conhecidas como Ainpöckish Biere, ou Oanbock. 

Com o passar do tempo, essa última palavra teria sido abreviada para bock.

De qualquer forma, o tema segue aberto para o debate.



As cervejas Bock são de baixa fermentação e são fermentadas de maneira a dar a ela uma macia e profunda característica de malte, com intensas notas de caramelo e toffee, além de pão tostadinho. O final é seco (e não doce).

Além disso, em geral, é bem pouco lupulada, sendo somente o suficiente para dar equilíbrio ao estilo e evitar que fique enjoativo.

Aqui, diga-se de passagem, encontra-se um dos principais desafios dos mestres-cervejeiros que tentam executar essa cerveja.

Errando a mão no lúpulo para mais, corre o risco de ficar fora da proposta do estilo, enquanto, errando para menos (o que é mais comum) temos uma cerveja difícil de beber mais de um copo.

Na cor, por sua vez, varia do âmbar ao marrom escuro, embora também existam exemplares mais claros, que se aproximam do dourado.

Enfim, em relação ao teor alcoólico, este costuma ficar em torno de 6 a 7,5%.



Embora se trate de um estilo com apenas uma característica principal marcante (que, como dito, é a presença do malte) as possibilidades de harmonização são das mais vastas.

Carnes de caça (cervo e javali), carne suína (em especial leitão e lombinho), pratos com cogumelos (shitake, shimeji e paris), molhos frutados, pato, ganso, batata (assada na brasa, no forno e frita caseira), batata-doce, embutidos em geral (exceto os mais picantes), queijo gruyère (uma dica é ele maturado envolto no presunto parma), massas recheadas (ravióli recheado com abóbora e coberto por nozes, ou então recheado com queijo de cabra) e até mesmo saladas cobertas com molhos doces ou bem salgados são boas sugestões de Garret Oliver, no livro A Mesa do Mestre Cervejeiro. Para harmonização com doces, o cervejeiro da Brooklyn Brewery recomenda Flã de caramelo, ou Crème Brûlée.

Para você que está buscando uma harmonização perfeita para o Natal, a cerveja Bock combina com o Lombinho, a Rabanada, o Tender e também com as passas (ou seja, harmoniza com basicamente tudo que é servido no Natal).



Doppelbock

Doppelbock literalmente significa “Duas vezes Bock”, embora não seja seja realmente duas vezes mais forte do que a cerveja Bock tradicional – é apenas um tanto mais forte.

Na cor, pode-se variar do âmbar escuro para marrom escuro, embora também aqui existam algumas versões mais claras.

Doppelbocks são ligeiramente complexas. Não há praticamente nenhum sabor ou aroma de lúpulo e há apenas amargor de lúpulo suficiente para ser detectável.

Praticamente toda essa característica do estilo pode ser atribuída aos costumes de se valorizar o malte da “Escola Cervejeira de Munique”.

O mosto da Doppelbock é encorpado e a fermentação é feita de forma lenta, como com outras cervejas de baixa fermentação. O período de fermentação por vezes podem durar vários meses.

Como resultado, temos uma cerveja encorpada, com elevado teor alcoólico, que geralmente varia entre 7 a 8,5% ABV (em alguns exemplares chega próximo dos 10%).

É um estilo que combina bem com o envelhecimento em barris de madeira e não é por outro motivo que rótulos algumas de nossas cervejarias, como é o caso de WKattz e HopMundi já tenham lançado ao mercado Doppelbocks Barrel Aged.

Helles Bock/Maibock

As mais claras versões da cerveja Bock, essas duas são geralmente agrupadas em uma só categoria. Essas bocks claras são feitas no inverno e consumidas primeiro na primavera europeia, geralmente para coincidir com as celebrações da época.

A variação de cor vai do dourado para o âmbar claro. De modo geral, Helles bocks e Maibocks recebem mais lúpulos que uma bock normal, o que as deixam mais refrescantes e com aroma mais vivo (algumas recebem inclusive dry-hopping, tal como a receita acima).

Uma diferença entre as helles bocks e as maibocks é que as primeiras são mais douradas, enquanto as segundas, mais puxadas para o âmbar.

Trata-se de um estilo pouco comum aqui no Brasil, sendo os principais exemplares nacionais os da Cervejaria 2Cabeças e também da Avós.

Eisbock

Provavelmente a lager mais forte que existe, poucos conhecem o estilo Eisbock, oriundo do distrito de Kulmbach na Alemanha.

Simplesmente, trata-se de uma Doppelbock, que foi transformada em uma cerveja ainda mais forte pelo congelamento.

Como só a água vai congelar, após a remoção do gelo a cerveja fica bastante concentrada e, com isso, o resultado é uma cerveja com sabor realçado (com notas de frutas escuras, tostado, caramelo, entre outros) e bem alcoólica (o teor alcoólico geralmente vai acima dos 10%).


 
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